MNA 863, LEF 750, LEF 851 - Estrutura das Línguas Indígenas Brasileiras
Bruna Franchetto e Rafael Nonato (Posdoc PPGAS/CNPq)
Sala Lygia Sigaud, terças-feiras às 9h, 1º semestre de 2016
Acesse aqui o site do curso de 2015
O curso, cuja primeira edição aconteceu no primeiro semestre de 2015, se dirige a alunos de antropologia e de linguística interessados em conhecer, num só lance, a natureza e o objeto da pesquisa linguística, e as línguas indígenas ainda existentes em território brasileiro. Além de apresentar um panorama atualizado dessas línguas (classificação, distribuição geográfica, áreas linguísticas e sistemas regionais, número de falantes, graus de vitalidade), o curso tem como objetivo básico capacitar os alunos para que dominem as ferramentas metodológicas e descritivas necessárias para compreender os aspectos mais relevantes de línguas das principais famílias (Tupi-Guarani, Karib, Arawak, Jê, Pano, Tukano, entre outras), abordando: a matéria sonora (fonética e transcrição); sistemas e processos fonológicos; estruturas da palavra (morfologia); estruturas do enunciado e suas ‘transformações’ (sintaxe). Ao invés de falar pouco de tudo, diante de um universo vasto e diversificado, optamos por eleger alguns tópicos que nos permitam, ao mesmo tempo, um certo aprofundamento descritivo e analítico e conexões interessantes entre diferentes fenômenos no interior de uma mesma língua e através das línguas (comparação da interação entre semelhanças e diferenças, com pelo menos um exemplo de variação dialetal).
Maia, Marcus. 2006. Manual de Lingüística: Subsídios Para a Formação de Professores Indígenas Da Área Da Linguagem. Brasília: Ministério da Educação.
Payne, Thomas. 2006. Exploring Language Structure: a Student’s Guide. Cambridge University Press.
Laboratório de Estudo de Política de Línguas Indígenas
Biblioteca Digital Curt Nimuendajú
Classificações das línguas ameríndias, sua distribuição geográfica, sistemas multilíngues
Epps, Patience, e Andrés Pablo Salanova. 2012. “A Linguística Amazônica Hoje.” Liames 12: 07–37.
Franchetto, Bruna, e Keren Rice. 2014. “Language Documentation in the Americas.” Language Documentation & Conservation 8: 251–261. http://scholarspace.manoa.hawaii.edu/handle/10125/24606.
Leite, Yonne, e Bruna Franchetto. 2006. “500 Anos de Línguas Indígenas No Brasil.” In Quinhentos Anos de História Lingüística Do Brasil., edited by Suzana Alice Marcelino Cardoso, Jacyra Andrade Mota, e Rosa Virgínia Mattos e Silva, 16–61. Salvador: Secretaria da Cultura e Turismo do Estado da Bahia.
Moore, Denny, Ana Vilacy Galucio, e Nílson Gabas Jr. 2008. “O Desafio de Documentar e Preservar as Línguas Amazônicas.” Scientific American (Brasil) 3: 36–43.
Campbell, Lyle. 2000. American Indian Languages: The Historical Linguistics of Native America. Oxford University Press.
Epps, Patience, and Andrés Pablo Salanova. 2013. “The Languages of Amazonia.” Tipití: Journal of the Society for the Anthropology of Lowland South America 11 (1): 1–27.
Nimuendajú, Curt. 1981 [1944]. Mapa etno-histórico do Brasil e regiões adjacentes. Rio de Janeiro: IBGE
Muysken, Pieter, and O’Connor, Loretta. 2014. The Native Languages of South America: Origins, Development, Typology. Cambridge: Cambridge University Press.
Língua protagonista: Ka'apor
Exercícios no escuro para essa sessão
O exercício às claras dessa sessão será também o exercício no escuro
para a próxima sessão e se encontra listado dentro da próxima sessão.
Teclado online para digitar símbolos do IPA
Tabelas do IPA para clicar e escutar os sons
Hayes, Bruce. 2009. Introductory Phonology. Blackwell. §§ 1.4, 1.6, 1.7, 1.8.
Kakumasu, Jim. 1964. “Urubu Phonemics.” Manuscript: SIL
Kakumasu, Jim. “Urubu Phonology.” Manuscript: SIL
Maia, Marcus. 2006. Manual de Lingüística: Subsídios Para a Formação de Professores Indígenas Da Área Da Linguagem. Brasília: Ministério da Educação. § 2.2.
Storto, Luciana, e Didier Demolin. 2012. “The Phonetics and Phonology of South American Languages.” In The Indigenous Languages of South America, edited by Lyle Campbell and Verónica Grondona, 331–390. De Gruyter Mouton.
Línguas protagonistas: Karajá (Macro-Jê) e Kotiria (Tukano Oriental)
Slides dessa sessão (pra poder tocar os sons, abra com Adobe Reader)
Exercícios no escuro para essa sessão e às claras da sessão anterior
O exercício às claras dessa sessão será também o exercício no escuro
da próxima sessão e se encontra listado dentro da próxima sessão.
Pares mínimos de palavras com cliques
Gravações de línguas com clique (21 é uma história completa)
Hayes, Bruce. 2009. Introductory Phonology. Blackwell. §§ 1.4, 1.6, 1.7, 1.8.
Maia, Marcus. 2006. Manual de Lingüística: Subsídios Para a Formação de Professores Indígenas Da Área Da Linguagem. Brasília: Ministério da Educação. § 2.2.
Storto, Luciana, e Didier Demolin. 2012. “The Phonetics and Phonology of South American Languages.” In The Indigenous Languages of South America, edited by Lyle Campbell and Verónica Grondona, 331–390. De Gruyter Mouton.
Língua protagonista: Kĩsêdjê (Jê do Norte)
Exercícios no escuro para essa sessão e às claras da sessão anterior
Exercícios às claras dessa sessão
Hayes, Bruce. 2009. Introductory Phonology. Blackwell. §§ 1.1, 1.2, 1.3, 1.5.
Maia, Marcus. 2006. Manual de Lingüística: Subsídios Para a Formação de Professores Indígenas Da Área Da Linguagem. Brasília: Ministério da Educação. § 2.2.
Língua protagonista: Bororo (Macro-Jê)
Slides dessa sessão (pra poder tocar os sons, abra com Adobe Reader)
Exercícios no escuro para essa sessão
Exercícios às claras dessa sessão
Alves, Ana Carolina Ferreira. 2013. “Aspectos Do Sistema Fonológico de Arara (Karib).” Boletim Do Museu Paraense Emílio Goeldi. Ciências Humanas 8 (2): 265–277.
Hayes, Bruce. 2009. Introductory Phonology. Blackwell. Cap. 2
Nonato, Rafael. 2008. “Fonética e Fonologia Da Palavra Em Bororo.” In Topicalizando Macro-Jê, edited by Stella Telles. Recife: Néctar.
Wetzels, Leo. 1997. “Bakairi and the Feature Voice.” Boletim Da Associação Brasileira de Lingüística (20).
Língua protagonista: Paresi (Arawak)
Exercícios no escuro para essa sessão
Exercícios às claras dessa sessão
Brandão, Ana Paula. 2014. “A Reference Grammar of Paresi-Haliti (Arawak).” tese de doutorado, The University of Texas at Austin. § 4.3.
da Silva, Glauber Romling. 2014. “Nomes, Verbos e Posposições Em Paresi-Haliti: Uma Generalização Exocêntrica.” VEREDAS 18 (1): 302–317.
Dourado, Luciana Gonçalves. 2002. “A Expressão de Posse Em Panará.” In Línguas Indígenas Brasileiras: Fonologia, Gramática e História, Atas Do I Encontro Internacional Do Grupo de Trabalho Sobre Línguas Indígenas Da ANPOLL, editado por Ana Suelly Arruda Câmara Cabral and Aryon Dall’Igna Rodrigues, 1:98–103. Belém: EDUFPA.
Koehn, Sally Sharp. 1994. “The Use of Generic Terms in Apalai Genitive Constructions.” Revista Latino Americana de Estudos Etnolinguisticos 8.
Seki, Lucy. 2000. Gramática Do Kamaiurá: Língua Tupi-Guarani Do Alto Xingu. Editora da Unicamp. § 2.1.1.
Língua protagonista: Tukano (Tucano Oriental)
Exercícios no escuro para essa sessão
Exercícios às claras dessa sessão
Chacon, Thiago Costa. 2007. “O Sistema de Classificação Nominal Do Tukáno.” Revista de Estudos e Pesquisas 4 (2): 147–197.
Língua protagonista: Kuikuro (Karib)
Exercícios no escuro para essa sessão
Santos, Mara. 2007. “Morfologia Kuikuro: Gerando Nomes e Verbos.” tese de doutorado, UFRJ.
Santos, Mara, e Bruna Franchetto. 2014. “Nominalização dos Argumentos Interno e Externo Em Kuikuro.” In Sintaxe e Semântica Do Verbo Em Línguas Indígenas Do Brasil, editado por Luciana Storto, Bruna Franchetto, e Suzi Lima.
Língua protagonista: Guarani Nhandeva
Exercícios no escuro para essa sessão
Exercícios às claras dessa sessão
Coutinho, Ana, e Gustavo Godoy. 2015. “A marcação hierárquica: Línguas do sub-ramo tupi-guarani (ramo maweti-guarani, família tupi)” Manuscrito.
Duarte, Fábio Bonfim. 2007. Estudos de Morfossintaxe Tenetehára. Belo Horizonte: Faculdade de Letras da UFMG.
Franchetto, Bruna. 1987a. “Person Markers, Ergativity and Nominativity in Carib Languages.” Working Conference on Amazonian Languages, Eugene, 20/08/87.
———. 1987b. “Hierarquia Referencial E Ergatividade Em Línguas Karibe.” II Encontro Nacional da ANPOLL. Rio de Janeiro, 26–29 de maio de 1987.
———. 1987c. “Hierarquia Referencial E Ergatividade Em Línguas Karibe (Quadros).” II Encontro Nacional da ANPOLL. Rio de Janeiro, 26–29 de maio de 1987.
Freitas, Maria Luisa de Andrade. 2011. “Hierarquia de Pessoa Em Avá Guarani: Considerações a Partir Da Morfologia Distribuída.” Dissertação de Mestrado, Unicamp.
Coutinho, Isabella, Osmar Carlos da Silva, Leonor Valentino e Gustavo Godoy. 2015. “Hierarquia nas Línguas Karib do Norte.” Manuscrito.
Monserrat, Ruth, e Marília Facó Soares. 1983. “Hierarquia Referencial Em Línguas Tupi.” Cadernos de Linguística e Teoria Da Literatura (9): 164–187.
Rodrigues, Aryon D. 1990. “You and I = Neither You nor I: the Personal System of Tupinamba.” In Amazonian Linguistics: Studies in Lowland South American Languages, editado por Doris L. Payne. Austin: University of Texas Press.
Língua protagonista: Kotiria (Tucano Oriental)
Excepcionalmente, aula/palestra da Profa Dra Kristine Stenzel (Depto de Linguística, UFRJ):
Mahsa kho'ako'topori: explorando uma narrativa Kotiria (Tukano oriental)
9 de maio 2016 (2a feira), PPGAS/Museu Nacional-UFRJ, Sala de aula Lygia Sigaud, 13:30 hs.
Slides dessa sessão (correção dos exercícios às claras da sessão passada)
Exercícios às claras dessa sessão
Aikhenvald, Alexandra. 2003. “Evidentiality in Typological Perspective.” In Studies in Evidentiality, editado por Alexandra Y Aikhenvald and Robert M Dixon, 54:1–32. John Benjamins Publishing.
Stenzel, Kristine. 2008. “Evidenciais Em Kotiria (Tukano Oriental).” Slides.
———. 2009. “Algumas ‘Jóias’ Tipológicas de Kotiria (Wanano).” ReVEL, Edição Especial (3): 1–35.
Línguas protagonistas: Karajá (Macro-Jê), Kayapó (Jê do Norte) e Manxineri (Arawak)
Exercícios no escuro para essa sessão
Maia, Marcus, Andrés Pablo Salanova, e Elder José Lanes. 2000. “La Sintaxis de Las Interrogativas En Karajá, Kayapó Y Manxineri.” In Indigenous Languages of Lowland South America, editado por Hein van der Voort and Simon van de Kerke, 297–307. Leiden: Research School of Asian, African,; Amerindian Studies.
Línguas protagonistas: família Pano
Excepcionalmente, aula/palestra de Livia Souza (Rutgers, EUA):
21 de junho 2016 (3a feira), PPGAS/Museu Nacional-UFRJ, Sala de aula Lygia Sigaud, 9:00 hs.
Exercícios no escuro para essa sessão
O exercício às claras dessa sessão será também o exercício no
escuro da sessão 15 e se encontra listado dentro da sessão 15.
Souza, Livia C. 2013. “Fonologia, Morfologia e Sintaxe Das Expressões Nominais Em Yawanawá (Pano).” Dissertação de Mestrado, UFRJ. §§ 1, 4
Camargo, Eliane. 2005. “Manifestações Da Ergatividade Em Caxinauá (Pano).” LIAMES – Línguas Indígenas Americanas (5): 55–86.
Costa, Raquel. 2002. “Ergatividade Cindida Em Marubo (Pano).” In Línguas Indígenas Brasileiras: Fonologia, Gramática e História, Atas Do I Encontro Internacional Do Grupo de Trabalho Sobre Línguas Indígenas Da ANPOLL, editado por Ana Suelly Arruda Câmara Cabral and Aryon Dall’Igna Rodrigues, 1:89–101. Belém: EDUFPA.
Dorigo, Carmen. 2002. “Ergatividade Cindida Em Matsés (Pano).” In Línguas Indígenas Brasileiras: Fonologia, Gramática e História, Atas Do I Encontro Internacional Do Grupo de Trabalho Sobre Línguas Indígenas Da ANPOLL, editado por Ana Suelly Arruda Câmara Cabral and Aryon Dall’Igna Rodrigues, 1:102–111. Belém: EDUFPA.
Ferreira, Rogério Vicente. 2005. “Língua Matis (Pano): Uma Descrição Gramatical.” tese de doutorado, Unicamp. § 6.4.7.
Nonato, Rafael e Livia Souza. 2014. “A cross-linguistic study of case and switch-reference in unrelated languages.” Folheto de apresentação na ANU, Australia, em 21 de março.
Stenzel, Kristine. 2014. “Estrutura Argumental Em Duas Línguas Da Família Tukano Oriental: Kotiria (Wanano) e Wa’ikhana (Piratapuyo).” In Sintaxe e Semântica Do Verbo Em Línguas Indígenas Do Brasil, editado por Luciana Storto, Bruna Franchetto, e Suzi Lima.
Valenzuela, Pilar M. 2010. “Applicative Constructions in Shipibo-Konibo (Panoan).” International Journal of American Linguistics 76 (1): 101–144.
Língua protagonista: Yudja (Tupi)
Excepcionalmente, aula/palestra da Profa Dra Suzi Lima (Depto de Linguística, UFRJ):
trabalho em co-autoria com Peggy Li e Jesse Snedeker (Harvard University)
20 de junho 2016 (2a feira), PPGAS/Museu Nacional-UFRJ, Sala de aula Lygia Sigaud, 13:30 hs.
Ferreira, Mariana. 1993. “Quando 1+1≠2: práticas matemáticas no Parque Indígena do Xingu.” Cadernos de Campo 3: 30–46.
Frank, Michael et al. 2008. “Number as a cognitive technology: Evidence from Pirahã language and cognition.” Cognition 108: 819–824.
Pica, Pierre et al. 2004. “Exact and Approximate Arithmetic in an Amazonian Indigene Group.” Science 306: 499–503.
Língua protagonista:
Videozinho simpático sobre LIBRAS
Capítulo do WALS sobre línguas de sinais
Brito, Lucinda Ferreira. 1984. “Similarities and differences in two Brazilian sign languages.” Sign language studies 42: 45–56.
McNeill, David. To appear. “Gesture.” In Cambridge Encyclopedia of the Language Sciences.
Língua protagonista: Mebengokre (Jê do Norte)
Exercícios no escuro para essa sessão e às claras da sessão 12
Exercícios no escuro extras para essa sessão
Salanova, Andrés Pablo. 2008. “Uma Análise Unificada Das Construções Ergativas Em Mebengokre.” Amérindia (32): 109–134.